"Porque temos de morrer e somos como águas derramadas na terra, que já não se podem juntar." (2 Sm 14:14)

Porquê uma cruz?

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Posted on 14:45 | By Matheus Emerich | In

Eu me lembro com clareza de muita coisa da minha infância. Outra dia eu estava lembrando quando, nas viagens que fazia para a casa da minha avó, já chegando na sua residência, passávamos por uma rua muito estreita e de casas muito pobres. Me lembro que, em muitas daquelas casas, havia grandes cruzes enfeitadas na parede – aquele pessoal era mesmo religioso. Mas o que eu me pergunto é o seguinte: será que aquelas pessoas sabiam mesmo o significado da cruz, para a venerarem tanto assim? E se tivessem sido ensinados de outra maneira, com outro tipo de dogma no lugar da cruz, será que teriam discernimento o bastante para mesmo assim acreditarem no valor dela? Provavelmente não. Se alguém não entende o significado da cruz, essa cruz não poderá valer nada para essa pessoa.

Talvez você seja como as pessoas ali daquela rua. A chance é boa de você usar um colar de crucifixo, ou de tê-lo pendurado no retrovisor do carro – isso é realmente comum! Ou talvez você não mantenha esses costumes, mas mesmo assim ainda tenha um considerável respeito pela cruz ou por Cristo; talvez não acreditando com todas as suas forças, mas também evitando blasfemar ou temendo agir de maneira errada em relação a estes assuntos. Conheço muita gente assim; não são salvos, não seguem a Cristo de verdade nem nada, mas ainda assim possuem um intenso respeito e temor pela bíblia e pela cruz. Vou te dizer uma coisa: o seu respeito não surte nenhum efeito realmente benéfico com relação a sua salvação. A maioria das pessoas reverencia a bíblia, mas a mesma maioria está perdida. Você respeita a cruz, isso é bom, mas não vale nada até que você entenda porquê ela foi necessária.

Pois bem. Cristo morreu na cruz em nosso lugar. Eu sei que falar em “cruz” te lembra isso. Mas essa sentença te parece um pouco sem lógica, não é verdade? O que tem a ver alguém morrer em seu lugar? Se era mesmo em seu lugar, não poderia ter sido uma coisa mais útil além de morrer? Cristo não poderia, talvez, ter sido uma boa pessoa no seu lugar, ou então ter praticado o amor em seu lugar? Porquê teve que ser uma morte? Às vezes sentimos que precisamos de forças e consolo para viver, e nesse sentido alguém poderia pensar: “Não preciso de alguém que morra por mim. Preciso de alguém que faça algo mais útil por mim, mais prático, mais valioso – o que vale uma morte?” Se você pensa nestes termos, ou ainda não sabe explicar porquê a morte de Cristo é muito mais valiosa do que qualquer ato que Ele poderia ter feito em vida, então você não sabe realmente o significado da cruz. E exatamente por isso você precisa de ajuda!

Existem uns versículos na bíblia que relacionam diretamente a morte e o pecado. Por exemplo, em um lugar temos: “o salário do pecado é a morte” (Rm 6:23). Você sabe o que é um pecado? É justamente o que você fez hoje pela manhã, quando se impacientou com seu irmão mais velho ou mais novo. É exatamente o que você fez ontem, quando disse uma pequena mentira para alguém, mesmo que tenha sido uma mentira “para um propósito bom”. É precisamente o que você tem feito desde há muitos anos, quando olha pessoas do sexo oposto, já compromissadas, mas mesmo assim as cobiça para si. Pecado é a violação da Lei de Deus, registrada na bíblia, e é isso o que você pratica diariamente. Acorde para essa realidade: você está em pecado. Pense um pouco nisso, reflita, medite. É realmente muito grave. Pare um pouco para respirar; pense em Deus e na sua vida. Ele está aborrecido com você... irado e indignado, para ser mais exato! O salário do pecado é a morte. O salário não é um favor, é uma obrigação. É justo que o trabalhador receba por ele. É justo que você receba a morte pelos teus pecados. E, na bíblia, a morte não significa simplesmente o fim dos batimentos cardíacos, mas também significa o calor do inferno. Isso é morte, segundo a bíblia.

Bom, você merece isso, e eu também. Todo mundo que peca merece, e todos nós pecamos. Se você lê isso com atenção, você já deve estar entendendo onde eu quero chegar! Se você pudesse receber um presente muito bom, pensando nessa situação, o presente seria alguém morrer em seu lugar. Sim, agora você não pensa mais em outra hipótese. Se alguém pudesse descer ao inferno por você, carregar a ira flamejante de Deus nas costas por você, de modo que você não precisasse mais desta punição, seria algo realmente muito bom, não é? O preço está aí a ser pago por sua alma, e o preço é a morte. Se alguém pudesse pagá-lo por você, seria excelente.

Pois então: aí está o significado da cruz. Não adiantaria nada se Cristo viesse e tivesse sido uma boa pessoa por você, ou rezado muito em seu lugar, por exemplo. Este não era o preço a ser pago pelo pecado – o preço é a morte. Cristo foi perfeito em todos os seus passos, mas se não tivesse concluído a sua vida com uma grande e amarga cruz seca, nada teria sido pago realmente. Ele morreu, Ele pagou. Acabou, “está consumado”. É por isso que existiu a cruz: Ele precisava mesmo morrer! E você precisa mesmo crer nisso!

Salvação - Por John MacArthur

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Posted on 14:37 | By Matheus Emerich | In

Este é um vídeo de John MacArthur falando sobre o verdadeiro evangelho. Por favor, assista até o final!


Inimigo de Deus? Eu?

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Posted on 00:22 | By Matheus Emerich | In

Você é um inimigo de Deus? Essa pergunta não é usual; provavelmente ninguém nunca te perguntou isso e você até mesmo se surpreendeu com ela. Mais provável ainda é que sua reação tenha sido algo mais ou menos assim: “Como assim? Inimigo de Deus, eu? Claro que não! Tá certo, até assumo que sou pecador, admito que faço coisas erradas... mas ser inimigo de Deus é algo muito mais terrível, eu acho! Essa é uma expressão muito forte! Nem venha me dizer que eu sou isso!” Talvez você não se considere inimigo de Deus, mas... e se mesmo assim Ele te considerar? Se Ele ter você por adversário? Isso não seria grave?

Existe um versículo que já usei várias vezes aqui neste blog, e vou usá-lo agora de novo. Quando a bíblia fala das pessoas que ainda não creram, ela dá a seguinte descrição: pessoas que andam segundo o curso do mundo e segundo a vontade da carne [1]. Se você ainda não se arrependeu de seus pecados e se entregou ao Senhor Jesus Cristo, está descrição é sua. Quero repetir isso para ficar bem claro: olhe para você, analise a si mesmo. Eu não estou perguntando se você acredita em Deus ou em Jesus Cristo – o inferno está cheio de pessoas que acreditavam de verdade. A questão não é essa; a questão é se você já é um salvo ou não. Se você não tem certeza se é um salvo, a chance é muito grande de não o ser! Isso porque o coração do salvo passou por uma experiência profunda, notável e transformadora. Mas suponhamos que você não seja salvo e não conhece nada disso em sua experiência. Deus olha para você e diz: esta pessoa anda segundo o mundo e segundo a carne.

Perceba as tendências deste teu caminho: “mundo” e “carne”. Isso não é complicado de entender! Existe um versículo que diz: “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus” [2]. Opa! Se você anda segundo a carne, então a sua posição é realmente a de um inimigo de Deus! “Andar segundo a carne” significa simplesmente que você faz a sua própria vontade e segue os conselhos do teu coração – apenas isso. Você nunca diz “não” aos teus desejos e nunca considera a opinião de Deus sobre as coisas que você faz! Você tem paixões incontroláveis e se deixa ser levado por elas com o maior prazer do mundo. Isso é andar segundo a carne: é ser escravo de si mesmo, do pecado, do teu corpo e das tuas vontades. Isso é inimizade contra Deus – por favor, não ignore este aviso!

A outra característica do teu caminho sem Deus é andar “segundo o mundo”. Isso não é nada mais do que seguir a vida de acordo com as regras que este mundo estabelece. Você sabe que as regras de Deus são ridículas aos olhos deste mundo. Talvez o que você ainda não saiba é que as regras e comportamento deste mundo são igualmente ridículos, perversos e abomináveis para Deus. “Infiéis, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus?” [3] Veja que interessante! Todas as coisas que são inimizade para Deus são justamente o caminho das pessoas que não crêem!

Agora está mais fácil responder: você é um inimigo de Deus? Se você anda segundo as próprias vontades e segundo o curso do mundo, pode ter certeza que sim. Se você não consegue frear o teu pecado e vive como todas as outras pessoas, a resposta é positiva – e muito grave! Ser inimigo de Deus não é uma brincadeira. Este tema é algo real! Há como desmanchar essa inimizade? Há como deixar de provocar o zelo de Deus? “Cristo aboliu a lei dos mandamentos, fazendo a paz por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade” [4]. Ah! Como é preciosa a cruz de Cristo! Sua morte ali pode aproximar os inimigos de Deus e transformá-los em filhos. Que milagre! Que graça! Que amor! Sim, que paz, alegria e satisfação! O Senhor Jesus não morreu pelos que se acham bons; antes, deu a vida pelos homens que, humildes, reconhecem a sua iniquidade e se chegam a Deus quebrantados e arrependidos. Estes, de inimigos, são graciosamente transformados em servos amigos.

[1] Efésios 2:2,3
[2] Romanos 8:7
[3] Tiago 4:4
[4] Efésios 2:14,15

Quanto vale uma alma?

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Posted on 15:18 | By Matheus Emerich | In

Quanto custa a sua alma? Será que você conseguiria juntar uma determinada quantidade de bens, virtudes ou valores que, juntos, fossem equivalentes ao preço dela? Há algo que você possa oferecer a Deus para “comprar” a sua segurança, ou impedir que sua alma vá morar no inferno daqui a alguns anos? Quanto ela vale, digo, quanto você tem que juntar para comprar a salvação dela?

Veja essa interessante declaração achada no livro dos Salmos: “Ao irmão, verdadeiramente, ninguém o pode remir, nem pagar por ele a Deus o seu resgate, para que continue a viver perpetuamente e não veja a cova (pois a redenção da alma deles é caríssima, e cessará a tentativa para sempre)” [1]. O trecho diz que não há preço que se possa pagar para resgatar a alma de alguém – diz-se que a quantia é “caríssima”. E o trecho diz mais: se alguém ainda teimasse, e tentasse pagar algo por uma alma, “cessaria a tentativa para sempre”, ou seja: mesmo que este esforço fosse infinito, tal pessoa atravessaria a eternidade tentando, tentando e tentando, sem nada conseguir. Não há preço, esforço ou tentativa que esteja à altura do preço de uma alma.

Não é impressionante? Agora você tem a informação de que carrega dentro de si uma alma que nem você mesmo tem o direito sobre ela, uma vez que não pode pagar o seu preço. Sendo assim, ela nasce com um destino rigidamente traçado, e você é impotente para mudar isso por você mesmo, pois não tem recursos para comprá-la para si.

Outro versículo diz: “Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?” [2]. Não há nada para fazer essa “troca”. A parte triste é que, para os homens, essa é uma tremenda má notícia. A bíblia diz que o destino selado de todas as pessoas é o inferno, porque não há quem esteja sem pecado – sim! Sem dúvida, uma realidade muito sombria, que parece ainda um pouco pior quando somos lembrados do assunto dessa postagem: não há preço suficiente que podemos oferecer a Deus para comprar a nossa alma e escapar disso.

É aqui que entra o trabalho precioso do Senhor Jesus. O preço é incalculável para nós, mas Ele já calculou e pagou. Não podemos comprar as nossas almas ou pagar algo por elas, mas Ele pagou com o Seu sangue e as comprou para sempre. Para quem quiser crer, a boa notícia é que não há nada mais a pagar. Como Ele mesmo disse na cruz, “está consumado” - está pronto, acabou. É isso que você precisa entender! Geralmente, as pessoas religiosas vivem a pensar numa maneira de pagar cada vez mais por suas almas. Tudo isso é vão, até que se entenda que Deus não espera que você invista mais na sua salvação, pois será inútil. Ele não espera um esforço ainda maior de sua parte, e sim simplesmente um descanso e confiança naquilo que já foi feito por Cristo.

[1] Salmos 49:7,9,8
[2] Mateus 16:26

“Eu estou aqui”

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Posted on 12:55 | By Matheus Emerich | In

Ao lermos o evangelho de João, muitas vezes nós iremos encontrar o Senhor Jesus dizendo: “o Pai me enviou.” Disso nós entendemos que Ele estava aqui na Terra cumprindo a missão que o Pai tinha Lhe dado – este é um pensamento correto. Mas pode ser também que tenhamos uma ideia incompleta sobre isso. Pode ser que imaginemos o Pai o enviando, e Ele obediente vindo para cá sem que nada estivesse acontecendo em Seu coração. Ou então pode ser que pensemos no Pai o enviando, e Ele cumprindo o seu papel simplesmente por submissão, como um filho obedece o pai, um soldado obedece o general ou um funcionário obedece o seu patrão. Qual era a relação dEle com essa missão que Ele recebeu? Ele a cumpriu com a frieza com que se cumpre um acordo, ou com o pragmatismo com que se obedece uma ordem? Será que não houve nada além disso?

Semana passada eu me surpreendi com um salmo, porque nunca tinha parado para pensar nisso. É claro que se você me fizesse as perguntas acima, eu iria responder que Ele veio também por amor e compaixão, obviamente; mas a verdade é que eu nunca havia sido despertado para isso através de um trecho tão literal na Palavra de Deus. O salmo era este: “Sacrifícios e ofertas não quiseste; abriste os meus ouvidos; holocaustos e ofertas pelos pecados não requeres. Então, eu disse: eis aqui estou, no rolo do livro está escrito a meu respeito; agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração está a tua lei” [1].

Os versículos começam falando que Deus não estava pedindo mais “sacrifícios e holocaustos”. Nos tempos passados, no Antigo Testamento, Ele havia estabelecido uma Lei, e quem a transgredisse deveria oferecer um sacrifício para remover o seu pecado. Mas o homem havia fracassado completamente quanto a isso. Além de ficar comprovado que este não conseguia parar de quebrar as leis de Deus, também era a sua tendência oferecer sacrifícios sem nenhum exercício de coração. Deus chega a dizer: “De que me serve a mim a multidão dos vossos sacrifícios? Estou farto dos holocaustos e não me agrado do sangue de novilhos. Não continueis a trazer ofertas vãs” [2]. Aquilo não funcionava mais; o homem estragou tudo. Agora, restava apenas que o homem ficasse para sempre separado de Deus. O destino era que seu pecado fosse jamais removido. Ou não!

Fico imaginando o contexto no qual as palavras desse salmo foram proferidas. Ficou evidente, no céu, que Deus não tinha mais nenhum prazer naquelas ofertas. Então, um Cavalheiro cheio de majestade, com o rosto mais brilhante que o sol, ordena que os louvores a Si mesmo cessem por um instante. Então, desce os degraus do seu trono de ouro puro e se apresenta diante de Deus, dizendo: “Eis aqui estou, agrada-me fazer a tua vontade.” Fico pensando na possível surpresa dos anjos e de todos os seres viventes que habitam ali: “É isso mesmo que vejo? Ele está se oferecendo? Mas Ele é o Ser mais sublime que jamais existiu!” Se a vontade de Deus era um sacrifício perfeito, Ele não hesitou: “Agrada-me fazer a tua vontade.” Se os homens quebraram as leis, ele podia dizer: "Dentro do meu coração está a tua lei." Que oferta mais excelente! "Estou aqui, envia-me."

O plano foi consumado: Ele veio e fez o sacrifício de Si mesmo. Mas que nunca esqueçamos a lição: Ele não veio mecanicamente ou por puro dever. Ele veio com gosto – Ele se apresentou, calculou o resgate de muitos e ficou satisfeito em se dispor voluntariamente. Que os cristãos agradeçam e transbordem de alegria, pois o Senhor deles os amou e deu a Si mesmo com toda a boa vontade. Quanto aos que ainda não creram, que também se rendam diante dAquele que ofertou a própria alma para remover os nossos pecados!

[1] Salmos 40:6-8
[2] Isaías 1:11,13

Pobreza de Espírito

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Posted on 16:38 | By Matheus Emerich | In

“Pobreza de espírito” é uma expressão que a gente usa, na nossa linguagem, para falar de uma pessoa com atitudes inadequadas ou vergonhosas. “Fulano é tão pobre de espírito!” – a gente logo diz sobre alguém que não tem bom comportamento ou tem ideias meio tortas. Mas a bíblia contradiz quase todos as concepções que acumulamos ao longo das nossas vidas. Biblicamente, ser ''pobre de espírito'' significa não somente uma coisa boa, mas também representa algo indispensável se você quiser receber a salvação. Se você quer ser salvo, invariavelmente, precisa ser transformado num pobre de espírito.

“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” [1]. Que tal essa nova informação? Todos aqueles que ''ganharão o reino dos céus'', ou seja, habitarão lá no futuro, são pessoas pobres de espírito. Elas sabem que não têm sentido nenhum se orgulharem de nada; pelo contrário: a auto-exaltação para elas é uma coisa vergonhosa. Elas sabem que, por detrás de toda a glória que as pessoas dão umas às outras, existem apenas corações quebrados e fracos. Elas reconhecem isso – se arrependeram de seus pecados, não procuraram escondê-los. Confessaram a Deus que são pobres e inúteis; não ficaram tentando ostentar diante dEle alguma “boa obra”. Por reconhecerem a sua impotência para atingir o céu, são pobres de espírito. 

Você sabe quem escutará as boas notícias de salvação? “O Senhor me ungiu para pregar as boas novas aos quebrantados, enviou-me para curar os quebrantados de coração” [2]. Estes são aqueles que tiveram o amor-próprio esmigalhado pelas mãos de Deus. São aqueles que não têm coragem de orgulhar-se e não ousam valorizarem a si próprios. Conhecem a real condição do homem, e por saberem que são pobres, se apegam a Jesus Cristo com todas as suas forças.

“Mas o homem para quem olharei é este; o aflito e abatido de espírito e que treme da minha palavra” [3]. Quando imaginamos alguém “abatido de espírito”, logo pensamos numa pessoa triste e que vive a lamentar-se. Mas essa não é a ideia biblicamente completa sobre pobreza de espírito. Os pobres de espírito, no nosso assunto, são aqueles que se entristecem por não possuírem recursos espirituais, mas muito se alegram por descobrirem em Deus as suas forças. São aqueles que se lamentam por seus pecados, mas que são excepcionalmente consolados por saberem que eles foram perdoados por Cristo. São pessoas fracas, pobres, miseráveis e sem recursos em si mesmas, mas que suspiram com sorrisos cheios de esperança. Pobres de espírito, mas ricos em Deus. Pobres para o mundo, mas ricos no céu.

[1] Mateus 5:3
[2] Isaías 61:1
[3] Isaías 66:2

O fim dos recursos

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Posted on 09:42 | By Matheus Emerich | In

Certamente, você já ouviu alguma vez a narrativa do “filho pródigo”. Talvez tenha até ouvido este título e não sabia que era uma história da bíblia. Ela está descrita em Lucas 15, nos ensinando verdades preciosas. Resumidamente, a história é assim: certo rapaz pediu para seu pai a parte que lhe cabia da herança. Pegando toda a grana, saiu de casa, foi para uma terra distante e gastou tudo só com farra. Viveu lá da maneira que quis, até que um dia os bens acabaram. Justo quando estava pobre, veio àquela terra uma grande fome. O rapaz então conseguiu um emprego de cuidador de porcos, e ali a fome persistia de maneira que ele desejava comer a comida daqueles animais, mas ninguém lhe dava nada. Então ele caiu em si, lembrando-se que na casa do seu pai até mesmo os mais humildes trabalhadores tinham alimento em abundância. Arrependido, levantou-se e voltou para a casa do pai, decidido em pedir-lhe perdão. Chegando lá, o pai o recebe com alegria, lhe dá um beijo e faz uma festa pelo seu retorno. Podemos entender o sentido desta parábola a começar pelo contexto dela. O Senhor Jesus a ensinou para mostrar aos religiosos orgulhosos da época que Deus não rejeitará o coração humilde e arrependido. Sim, essa história era uma mensagem sobre salvação.

Bem, a questão que eu gostaria de levantar é a seguinte: e se aquela grande fome tivesse vindo antes dos bens do rapaz terem se esgotado? Se ela chegasse quando ele ainda tivesse dinheiro, será que ele voltaria para a casa do pai? Certamente que não, pois foi sua própria miséria que o levou a pensar tudo com cuidado e voltar arrependido. Se as dificuldades tivessem vindo numa hora em que ele ainda tivesse recursos, ele continuaria ali nas suas festas e não voltaria atrás. O que fez ele cair em si foi ver suas mãos vazias.

Assim também acontece com pecador. Enquanto há uma escapatória que não seja voltar para a casa do Pai, ele decide por essa outra saída. Ele tem uma grande fome por Deus e Seu perdão, mas, enquanto ainda há uma esperança por aqui mesmo, ele não volta. O orgulho do pecador é tão grande que até mesmo um emprego para cuidar de porcos se torna mais atraente do que pedir perdão ao Pai. Só mesmo quando o pecador cai em si, reconhece sua total miséria e sujeira, é que ele irá decidir buscar o socorro de Deus. Enquanto ainda há, aos seus olhos, alguma esperança em si mesmo, ele não irá confiar nos recursos do Pai. É por isso que o título dessa postagem se chama “o fim dos recursos.” O pecador precisa chegar ao fim de si mesmo, chegar ao fim dos seus próprios recursos, para que ele olhe para Deus.

Mas o que eu quero dizer com “chegar ao fim de si mesmo”? Essa foi a expressão mais literal que eu pude achar. Imagine alguém que realmente esteja tentando ir para o céu ou buscar o sentido da vida em Deus. Imagine que esta pessoa está se esforçando o máximo que pode. Está lutando contra as suas práticas erradas e pelejando consigo mesma para adotar boas maneiras. Ou, ainda, pense numa pessoa que está confiante em alguma coisa boa que faz, para futuramente chegar para Deus e dizer: “olha que lindo isso que eu fiz; agora deixe-me entrar no céu.” Bom, podemos dizer que as pessoas que mantém essas atitudes não chegaram ainda ao fim de si mesmas. Perceba que toda a esperança dessas pessoas é depositada em si mesmas – elas ainda não se viram sem recursos. Elas ainda pensam em oferecer algo, ainda pensam que possuem ou podem obter bens suficientes. Somente quando perceberem que não possuem recursos para entrar no céu é que irão confiar naquilo que Cristo fez por elas.

Para finalizar, não podia deixar de notar um detalhe excelente da história: a narrativa diz que o filho vinha na estrada, quando o pai o avistou, correu até ele, o abraçou e o beijou. Que interessante! Foi o pai que viu o filho primeiro, antes que este visse o pai! Foi o pai que correu até o filho, antes que este corresse até o pai! Certamente, durante todo aquele tempo em que o filho ficou fora, o pai chegava à janela várias vezes ao dia para ver se avistava o filho, em seu retorno, despontando no horizonte. Ele estava ansioso pela volta do filho. Ele não o desprezou quando este veio arrependido. Assim também Deus espera ansioso pelo pecador. Se você ainda não é salvo, Deus espera que você se chegue a Ele há muito tempo. E quando você decidir buscá-Lo, Ele virá ao teu socorro para te ajudar na caminhada até Ele mesmo. O que tem impedido você de dirigir-se a Ele arrependido? Será que ainda calcula que tem recursos suficientes para permanecer aí mesmo onde está?

Cristo é mesmo necessário?

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Posted on 20:27 | By Matheus Emerich | In

Jesus cristo é realmente necessário? Você precisa mesmo dEle para entrar no céu? Todas as pessoas que hoje estão morando com Deus passaram de verdade por Ele? Certa vez, quando respondia essas questões positivamente, um amigo me disse: “Olha, eu concordo com tudo o que você está falando sobre Deus e essas outras coisas. Só não concordo com uma coisa: quando você fala que Jesus Cristo é cem por cento necessário. O que Ele falou é válido, sem dúvida; acho que Ele é um caminho, mas devem existir outros. Eu tenho o meu próprio jeito de chegar a Deus! Posso viver buscando o bem e exercitando a fé, sem precisar exclusivamente de Jesus Cristo.” Será que a opinião deste amigo resiste à luz da bíblia? Deixe-me mostrar para você o que ela diz neste sentido.

1) Cristo era o próprio Deus. Isso é muito mais do que “Ele é o caminho para chegar a Deus.” É simplesmente impossível você ter qualquer contato com Deus, a não ser através de Cristo – para começar, Ele diz: “Eu e o Pai somos um” [1]. Não tem como separar as experiências com Cristo e as experiências com o Deus propriamente dito, pois são a mesma Pessoa. “Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou” [2]. Se você desacredita no Senhor Jesus, na verdade desacredita naquilo que você conhece como Deus: o Ser Criador e Supremo.

2) Cristo falou exatamente as palavras de Deus.“Deus, o Pai, o confirmou [Jesus Cristo] com o seu selo” [3]. Tudo o que Cristo fez na Terra fez na autoridade dada pelo próprio Deus. Ele tinha o selo da aprovação de Deus. Ele repete outra vez: “O meu ensino não é meu, e sim daquele que me enviou” [4]. Ele não estava aqui entre os homens apenas ensinando um bom caminho para se seguir; Ele era o próprio mensageiro autorizado e enviado por Deus. Negar Cristo, automaticamente, implica em negar o próprio Deus.

3) Cristo leva o pecador até Deus. Ele diz: “Ninguém vem ao Pai senão por mim” [6]. Você nem precisa pensar que é diferente de alguma maneira; certamente, a palavra ninguém te inclui nesta condição. Não há nem um milionário, ou um gênio, ou um religioso, ou um pervertido, que não estão incluídos na expressão ninguém. Todos vão ao céu exclusivamente através de Cristo – e não através de Seus mandamentos ou doutrinas, mas através de Sua morte. Cristo é necessário, sim, mas não como um “Professor” que te ensina boas maneiras, e sim como um Substituto que pagou a culpa dos teus pecados. Enquanto você ainda não foi perdoado e salvo por Deus, é inútil você vê-Lo atrás de uma lousa dando aulas de religião. O teu primeiro contato com Ele será ali aos pés da cruz. Sim, a mediação de Jesus Cristo para se chegar a Deus é absolutamente indispensável, mas ela não se dá com o pecador entrando na escola de Deus e sendo educado por Cristo como um aluno de religião – isso não existe. Inicialmente, você não precisa de uma outra visão de Cristo, a não ser aquela ali suja de sangue e com mãos furadas.

[1] João 10:30 [2] João 5:23
[3] João 6:27 [4] João 7:16
[5] João 4:34 [6] João 14:6

Quanto devo pagar? (8)

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Posted on 11:59 | By Matheus Emerich | In

Atenção! Esse texto faz parte de uma série de postagens, que irão esclarecer para você aquilo que talvez seja o engano mais difundido na humanidade: o pensamento que Deus quer que você seja uma boa pessoa, para você merecer ir para o céu. É como se a salvação dependesse daquilo que você faz de bom aqui nesta vida. Isso é mentira! É isso mesmo: Deus não espera que, inicialmente, você se esforce para ser uma boa pessoa.

Gostaria de concluir este assunto com essa postagem bastante espontânea. Nas outras postagens, eu segui mais ou menos uma linha de raciocínio, na qual um texto puxava o assunto do outro. Mas agora não; poderia dizer que o assunto está biblicamente concluído, mas gostaria de dizer ainda mais uma palavra. Nada programado, nada estruturado – apenas para que você não vá embora sem pensar novamente no assunto.

Uma palavra final

Eu não sei se você leu todas as postagens; não sei também se entendeu o que eu quis dizer em todas elas. Talvez não seja mesmo tão fácil assim de entender; talvez o coração humano esteja tão ligado num sentimento de que deve “fazer” ou “esforçar-se”, que esteja realmente cego para qualquer outra sugestão que se desvie disso. Já vi muitas vezes este assunto ser bem explicado para muitas pessoas, e depois de poucos minutos, lá estavam elas outra vez retornando com as velhas colocações, mostrando que não haviam compreendido nada. É contra o que estamos habituados a acreditar!

O que tentei explicar aqui, à luz da bíblia, foi basicamente isso: que você é uma pessoa, como todas as outras, que está tão perdida, mas tão perdida, tão sem Deus, mas tão sem Deus, que não há nada que você faça que possa melhorar este quadro. O pior de tudo é que é um quadro que leva ao inferno. Mas, por outro lado, Deus é tão bondoso, mas tão bondoso, tão amoroso, mas tão amoroso, que providenciou um meio de salvação gratuito, uma vez que eu e você não temos nada para pagar.

E, se a bíblia deixa claro que a salvação é de graça, significa que ela não virá por coisas que eu e você fazemos. Esqueça o pensamento que, para ser salva, você precisa ser uma pessoa boa, ajudar os outros, ter bom coração ou esforçar-se para ser alguém justo – não: este não é o caminho, definitivamente. O Senhor Jesus Cristo morreu por você justamente porquê você não dá conta de cumprir todas essas coisas. Somos tão altamente egoístas, que em quaisquer situações que entrarmos iremos logo calcular uma maneira de levarmos vantagem – estou mentindo? Até mesmo quando você pensa fazer o bem, pensa nisso para se auto-promover. Veja bem: porque você creria nas boas obras para ser salvo? Você estaria realmente fazendo o bem voluntariamente, não conseguindo se conter de tanta liberalidade, ou é somente um exercício para ganhar o favor de Deus? Não é algo tão egoísta? Mesmo teoricamente ''fazendo o bem'', não seria nada mais do que uma pura demonstração de amor-próprio. O egocentrismo já criou raízes tão profundas em nossos corações! Não conseguimos fazer nada que seja puramente bom – aceite este testemunho bíblico! "Não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus" [1]. Não conseguimos nem pensar o que é certo; quanto mais fazermos coisas boas! Na verdade, precisamos exclusivamente da suficiência de Deus.

Porquê a bíblia falaria em perdão? Se precisamos de perdão, é porque somos culpados. Porque a bíblia falaria de um favor imerecido? Se precisamos de graça, é porque somos indignos. Veja bem, entenda a real posição do pecador: não é alguém que está em condições de exibir boas obras de alguma maneira; é alguém que precisa de um socorro urgente – precisa de perdão, alívio, cura, restauração, regeneração, vida – este é você. Não alguém que dá conta de ser bom – não, mil vezes não! É neste ponto que o Senhor Jesus vem em socorro do homem; é aqui que Deus mostra o Seu afeto por todos nós. Cristo pagou este preço, sofreu cada fração da angústia que era minha e tua. Quando seguimos o curso da vida distraídos, este acontecimento não tem valor nenhum para nós, e somos completamente indiferentes com relação a isso. Mas quando estamos entristecidos por percebemos que pecamos contra Deus, e quando nos damos conta que somos impotentes para resolver isso, quando nestes sentimentos nós ouvimos falar que Alguém pagou a culpa que era nossa, não é possível permanecermos indiferentes.

Pense em cada pessoa que está no céu hoje. Pense em cada pessoa que no futuro irá escapar das chamas. “Por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos. Por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida” [1]. Essas pessoas estão ali no céu não pela obediência de todas elas individualmente; mas “por meio da obediência de um só”: Jesus Cristo. Não porque foram pessoas justas, mas “por um só ato de justiça”: a morte de Jesus Cristo. Não depende de nossos esforços; depende da nossa fé.

Quando compreendemos estas coisas, vemos que todas aquelas boas obras que praticamos, acreditando que estamos contando pontinhos no céu, na verdade não estão sendo somente inúteis, como também estão nos impedindo e atrapalhando de recebermos a salvação. Enquanto você confiar, nem que seja um por cento, em você mesmo, você não está confiando em Cristo – você está desconfiando dEle! Você está julgando que Ele não é capaz de te salvar, e que portanto não merece a sua fé e confiança! Enquanto permanecer alguma fração de pensamento de auto-suficiência, você está excluindo a si mesmo do Reino dos Céus, por negar a suficiência do trabalho de Cristo. Peça a Deus para que Ele quebre a confiança vil que você tem em você mesmo! Assim, a resposta para o título destas postagens, Quanto devo pagar?, na verdade é “nada”. O Senhor Jesus Cristo pagou por você. Apenas creia e se arrependa, com a sinceridade de uma criança, para receber a salvação das mãos bondosas de Deus.

[1] 2 Coríntios 3:5
[2] Romanos 5:19,18

Quanto devo pagar? (7)

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Posted on 14:37 | By Matheus Emerich | In

Atenção! Esse texto faz parte de uma série de postagens, que irão esclarecer para você aquilo que talvez seja o engano mais difundido na humanidade: o pensamento que Deus quer que você seja uma boa pessoa, para você merecer ir para o céu. É como se a salvação dependesse daquilo que você faz de bom aqui nesta vida. Isso é mentira! É isso mesmo: Deus não espera que, inicialmente, você se esforce para ser uma boa pessoa.

Quero ser bastante objetivo e simples nesta postagem. Quero apresentar para você um trecho e um exemplo bem conclusivos sobre o assunto que estamos tratando. Espero que tuas dúvidas estejam ficando cada mais raras! Espero que teu entendimento esteja sendo graciosamente esclarecido!

Um trecho bem conclusivo
 
Vamos olhar rapidamente para algumas poucas palavras em Romanos. Na primeira lida, talvez você ache muito complicado e não entenda nada, mas certamente você irá entendê-las após uma breve explicação. Vale a pena recorrer a elas, pois nos ajudarão bastante no tema destas últimas postagens. Aqui está o trecho: “Israel, que buscava atingir a lei da justiça, não chegou a atingir esta lei. Porquê? Porque não decorreu da fé, e sim como que das obras. Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus” [1].

Em outras palavras, o trecho diz que a maioria das pessoas em Israel, no passado, não se salvaram justamente por depositarem a confiança em suas próprias obras. Isso não é fé em Deus. Isso é fé em si mesmo e nas obras que você pode fazer. Quando você se inquieta quanto à salvação, e sente que precisa fazer algo, ou que precisa ainda pagar alguma coisa, você não está crendo em Jesus Cristo, pois está julgando que Ele não foi capaz de te salvar na cruz. “Preciso fazer algo; só aquilo não foi suficiente.”
 
O trecho continua de forma brilhante: diz que Israel, assim procurando a salvação por suas próprias obras, “procurou estabelecer a sua própria justiça”, e não se sujeitou à justiça que vinha de Deus. Não é exatamente isso o que acontece quando você tenta fazer algo de “bom” para ganhar a salvação? Não é o mesmo processo quando você calcula que precisa se esforçar para se tornar uma pessoa boa e justa? Sim, isto é “procurar estabelecer a sua própria justiça.” Isso impede que você conheça a justiça de Deus. A tua própria justiça é feita através de tuas obras; a justiça de Deus é feita através da obra de Cristo. Quando você confia em si para ser salvo, desconfia em todo o trabalho dEle.
 
Um exemplo bem conclusivo
 
Existe um exemplo clássico quando queremos esclarecer este assunto para alguém. Talvez você já tenha ouvido a história daqueles dois ladrões que foram crucificados ao lado de Cristo. Eles estavam ali porque foram pessoas realmente muito más, e também tinham sido condenadas à morte. Mas, nos últimos momentos de sua vida, um daqueles ladrões creu em Cristo, que estava ali bem do seu lado. “Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. E Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje mesmo estarás comigo no paraíso” [2].
 
Se a salvação fosse por obras, aquele homem estaria perdido sem nenhuma chance (e eu e você também). Os seus atos haviam perturbado a sociedade, entristecido várias pessoas e prejudicado muitas outras – afinal, ele era um verdadeiro criminoso. Não havia feito absolutamente nada para merecer o céu – se Deus tivesse medido seus atos bons e os ruins, ele não “estaria no paraíso”. Mas o final dele foi diferente: ele creu arrependido e confiou em Cristo para sua salvação, as únicas coisas que realmente podemos ofertar a Deus. Deus o salvou. Hoje ele está no céu. Um ladrão criminoso no céu! Há algo errado nisso? Não: Deus não nos salva de acordo com as nossas práticas, mas apenas por crermos no Seu Filho. Como um colega surpreendido uma vez me perguntou: “então quer dizer que um estuprador que finalmente crê arrependido vale mais do que alguém que nunca cometeu crimes, mas também que nunca creu?” Sim; e o exemplo do ladrão na cruz não nos deixa dúvidas. Que preciosa é a fé em Cristo!
 
[1] Romanos 9:31,31 e 10:3
[2] Lucas 23:42,43

Quanto devo pagar? (6)

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Posted on 00:25 | By Matheus Emerich | In

Atenção! Esse texto faz parte de uma série de postagens, que irão esclarecer para você aquilo que talvez seja o engano mais difundido na humanidade: o pensamento que Deus quer que você seja uma boa pessoa, para você merecer ir para o céu. É como se a salvação dependesse daquilo que você faz de bom aqui nesta vida. Isso é mentira! É isso mesmo: Deus não espera que, inicialmente, você se esforce para ser uma boa pessoa.

Vimos até aqui, biblicamente, que você nunca conseguirá “comprar” a tua salvação através de boas obras. Primeiro, porque este não foi o caminho que Deus estabeleceu. Segundo, porque as tuas obras nunca serão realmente “boas” diante dos olhos de Deus – temos discutido isso suficientemente na segunda e terceira postagens. Mas, se a salvação não depende daquilo que eu faço, se não está vinculada aos meus esforços, então quer dizer que ela é gratuita? Será isso possível?
 
A melhor notícia de todas: a salvação é inteiramente gratuita!

Qual o problema em pensar que a salvação é completamente grátis? Você só irá duvidar disso se pensar que Deus realmente não é o Ser bondoso que Ele afirma ser. Que cena temos até então? Bom, temos de um lado os seres humanos, caídos, tristes, vis e quebrados, mortos em seus pecados; e de outro lado temos o Deus santo e cheio de justiça. O que o Deus de bondade então faz com o homem? Exige dos homens derrotados ainda mais um pouco de esforço? Convoca estes para apresentarem-Lhe uma porção de boas obras? Não: Deus chama o homem de onde este está, e propõe uma salvação gratuita para todos nós. Como Deus é Benigno! Chama os homens cansados e lhes oferece descanso; chama os homens confusos e perdidos e lhes oferece paz – lhes oferece gratuitamente, para que só Ele tenha todo o mérito nessa restauração espiritual.

Novamente, quero que você entenda que tudo isso não são interpretações pessoais minhas. Vou colocar alguns versículos que deixam a questão clara como cristal. Repare que, em nenhum momento, a bíblia entra em contradição quanto ao assunto, e nem dá dizeres vagos que permitem alguma outra sugestão interpretativa – não: é tudo muito claro e muito bem explicado.

Veja por exemplo o seguinte versículo: “Que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus” [1]. Você percebe? O texto fala que a salvação não foi “segundo as nossas obras”, mas sim unicamente pela misericórdia e pelo trabalho de Cristo.

Veja ainda outro versículo neste sentido – ah, meu amigo, repare na clareza destas palavras: “Se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo a sua misericórdia” [2]. Há alguma dúvida nestas expressões? Há possibilidade de torcer estes textos? Não há resposta sensata para explicar o porquê de as religiões, mesmo aquelas que se dizem guiadas pela bíblia, estimularem as pessoas às boas obras e ao esforço para serem salvas. Vamos nos esquecer disso e prosseguir com mais versículos que provam o caráter gratuito da salvação!

“Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” [3]. O fato triste é que você pecou e está urgentemente necessitando de Deus; o fato excelente, que cobre toda a tristeza, é que Deus estabeleceu uma salvação gratuita na Pessoa de Cristo. “Sendo justificados gratuitamente”: se dependesse daquilo que eu ou você fizéssemos, então teríamos boas razões para temer. Mas o nosso coração pode descansar tranquilo quando entendemos que a salvação é realizada pela obra de Cristo, e não pelas nossas próprias obras. Este é um terreno muito mais seguro – na verdade, inabalável. Quão frágeis nós e nossas obras somos! Mas, graças a Deus, o salvo está seguro através das mãos do Deus Vivo e Forte, e não através de suas próprias mãos fracas e sujas.

A salvação é gratuita! Não apenas é assim, mas se de qualquer modo houvesse salvação, esta teria de ser gratuita, pois somos terrivelmente corruptos para conquistá-la de algum modo. “O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é vida eterna em Cristo Jesus” [4] – é realmente um dom gratuito!

Você que está lendo esta postagem, e chegou até aqui ao final, quero que você preste atenção numa coisa. Eu não sei aonde você está agora em tua vida; a única coisa que eu sei é que este é um lugar sujo, sombrio e inseguro. O pecado te tomou pelas mãos e te guiou até aí – este foi o lugar onde todas as tuas práticas te levaram até hoje, segundo a palavra de Deus. Como você poderia mudar isso de repente e passar a praticar coisas boas? É impossível! Você precisa, veja bem, de uma salvação que seja mesmo gratuita; porque se depender de você, você estará perdido no sofrimento para sempre. Você precisa que Deus te salve realmente de graça, uma vez que você não tem nada para apresentá-Lo, e não há possibilidade de melhorias neste quadro. Mas a boa notícia – ah, que excelente e preciosa notícia! - é que Deus está realmente disposto a te salvar de graça; isso está mais do que comprovado por todos estes versículos que Ele mesmo inspirou pensando em mim e em você. Agarre-se a estes pensamentos agora, porque dentro de poucos instantes você terá esquecido do que leu nesta postagem, e essa distração poderá ser fatal. Não importa a tua condição, Deus te chama incondicional e gratuitamente. Escute o Seu convite; veja como é de graça:

“Ah! Todos vós que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não têm dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite” [5]. “Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida” [6].

[1] 2 Timóteo 1:9 [2] Tito 3:4,5
[3] Romanos 2:23,24 [4] Romanos 6:23
[5] Isaías 55:1 [6] Apocalipse 22:17

Quanto devo pagar? (5)

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Posted on 23:33 | By Matheus Emerich | In

Atenção! Esse texto faz parte de uma série de postagens, que irão esclarecer para você aquilo que talvez seja o engano mais difundido na humanidade: o pensamento que Deus quer que você seja uma boa pessoa, para você merecer ir para o céu. É como se a salvação dependesse daquilo que você faz de bom aqui nesta vida. Isso é mentira! É isso mesmo: Deus não espera que, inicialmente, você se esforce para ser uma boa pessoa.

Bom, pode ser que até aqui você esteja desconfiado, considerando que todo o assunto foi conduzido por versículos que, embora chegassem perto do tema, não tratavam-no de forma direta. Talvez você esteja duvidando por isso, receando que o conteúdo exposto tenha sido somente uma interpretação, uma maneira de analisar ou um ponto de vista. Não se preocupe: a bíblia trata, sim, este tema de maneira específica e direta. Existem vários textos só para esclarecer esta questão; vamos analisá-los agora. Que o teu entendimento vá ficando cada vez mais claro!

A bíblia não é subjetiva ao afirmar: obras não salvam

Na postagem passada vimos um trecho que dizia: “Pela graça sois salvos, e isto não vem de vós, não de obras.” Apenas estas poucas palavras já seriam suficientes para convencer qualquer pecador a desistir de seus próprios esforços. Cada esmola que você deu no sinal, cada idoso que você ajudou a atravessar na rua, cada doação ou cada espécie de boas obras, se fossem todas elas somadas, ainda assim seriam equivalentes ao esforço nulo. Isso porque a salvação não depende do que eu faço ou deixo de fazer: “isso não vem de vós.”

Certa vez os discípulos perguntaram ao Senhor Jesus: “Quem pode ser salvo? Jesus, fitando neles o olhar, disse-lhes: Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível” [1]. É impossível para o homem salvar-se! Na verdade, a salvação é um milagre, e os homens não fazem milagres. Quando uma pessoa é salva, ela é retirada com mão poderosa do inferno, e introduzida na presença pura de Deus; os seus pecados são removidos de uma vez e ela passa a amar Deus de todo o seu coração. Como isso poderia acontecer através de obras? Imagine: ''a cada boa ação, sou retirado um pouquinho a mais da condenação; a cada coisa boa, sou salvo um pouquinho a mais.'' Não existe isso: você é um salvo ou não é – e você só pode sê-lo através de um milagre de Deus, porque “isto é impossível aos homens.” Ainda que fossem reunidos todos os esforços de todas as pessoas do planeta, de todos os lugares e de todas as eras, ainda assim isso não poderia ser suficiente para salvar nenhuma delas. Todas as obras humanas morrem na declaração do Senhor: “é impossível.”

É impossível para mim e para você, mas para Deus é possível! Ele tem o maior prazer em salvar o pecador que reconhece a sua impotência e se arrepende de seus pecados. Este homem, a quem Deus salva, faz muito contraste com o pecador orgulhoso que confia nas suas obras, como se estas ou ele mesmo fossem algo. “O homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus (…), pois, pelas obras da lei, ninguém será justificado” [2]. Ninguém irá ser salvo através de esforços próprios.

“Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça” [3]. Que impressionante! A fé só é válida, ou seja, atribuída como justiça, somente para aquele que não trabalha! Realmente, não é uma questão de esforço!

A bíblia diz que somos salvos pela graça, certo? Então veja: “E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça” [4]. A bíblia está afirmando com todas as letras que a salvação não é por obras! Não poderia haver nada mais claro! “Graça” significa um favor que você não merece – eu e você somos injustos, e não merecemos a salvação. Cristo sobre a cruz tem todo o mérito deste milagre; por isso mesmo as nossas obras são completamente inúteis.

Olha, eu não sei se você está compreendendo bem quando eu falo de obras. A noção geral das pessoas é que ao longo da vida nós vamos somando pontinhos para ir para o céu, e no final se tivermos pontinhos suficientes entraremos lá. É como se existisse uma balança para pesar de um lado as nossas maldades e de outro lado as nossas virtudes. Este é um pensamento errado à luz da bíblia; é o que eu estou torcendo para que você entenda: não há pontinhos para você somar! Não há nada para você colocar no lado bom da balança! Tudo o que você faz é inútil – apenas reconheça este ensinamento bíblico! Você só pode chegar ao céu através do que Cristo fez, e não através do que você faz – não pense que isto é um mero jogo poético de palavras! Calcule toda a diferença que isto faz! A salvação é na verdade uma realidade bem simples, não há nada para se complicar: é salvo quem crê arrependido em Jesus Cristo crucificado, e nada mais. Nada de esforço, nada de obras! O que significa dizer que Ele "pagou o preço"? Significa que dizer que não há nada mais a pagar! Você crê nisso?

[1] Mateus 19:25,26
[2] Gálatas 2:16
[3] Romanos 4:5
[4] Romanos 11:6

Quanto devo pagar? (4)

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Posted on 23:13 | By Matheus Emerich | In

Atenção! Esse texto faz parte de uma série de postagens, que irão esclarecer para você aquilo que talvez seja o engano mais difundido na humanidade: o pensamento que Deus quer que você seja uma boa pessoa, para você merecer ir para o céu. É como se a salvação dependesse daquilo que você faz de bom aqui nesta vida. Isso é mentira! É isso mesmo: Deus não espera que, inicialmente, você se esforce para ser uma boa pessoa.

Nas postagens anteriores, temos aprendido algo interessante sobre o homem: descobrimos, biblicamente, que não podemos nos tornar justos ou bons diante de Deus, não importa a intensidade dos nossos esforços. Isto nos coloca em uma posição bastante desconfortável, não é verdade? Como injustos e sujos diante de Deus, nos resta apenas o peso da Sua ira flamejante – apenas a sentença que nos condenará para sempre. Se somos pecadores, se não conseguimos melhorar este quadro, então é claro que tudo está arruinado para sempre – ou não! Se a salvação não pode vir por nossas obras ou esforços, então de onde ela vem? Como posso conseguí-la?

É você ou Cristo!

Os últimos assuntos que temos tratado são de importância extrema. Quando você realmente entende que não há nada – absolutamente nada – que você possa fazer para salvar-se, então um tipo de ansiedade ardente começa a tomar conta do teu coração. ''Não posso salvar-me; mesmo o máximo de meus esforços são nada. Se todos os meus segundos, todos os meus pensamentos e cada respiração fossem convertidos em esforços para tornar-me bom, ainda assim não seria alguém justo diante de um Deus realmente Santo – estou perdido!'' Este reconhecimento te leva a buscar um socorro fora de você mesmo. Até então você tinha os olhos voltados para o teu umbigo: o que eu devo fazer, o que eu preciso praticar, no que eu preciso me tornar. Quando você cai em si e percebe a inutilidade e perversão do teu “eu”, então você levanta o teu olhar e mira em outra Pessoa: o que Cristo fez, o que Cristo praticou e no que Cristo pode se tornar para você.

Esta é uma ideia muitíssimo estranha para qualquer ser humano. ''Como assim não posso fazer nada? Eu tenho que fazer alguma coisa, não é possível! Como poderei ser salvo exclusivamente pelos méritos de outra Pessoa?'' Ah, é aqui que mora o perigo que ameaça todos nós! Passamos toda a vida alimentando e afagando o nosso ego, aprendendo a cuidar dele e edificá-lo, quando então descobrimos que, no assunto da nossa salvação, somos completamente impotentes! Sim, quantos reconheceram a verdade bíblica que precisavam de um socorro além de si mesmos, mas não se humilharam por conta de um orgulho apaixonado! É muito duro para o homem reconhecer que precisa inteiramente de um favor que não depende dele. Que humilhante! Que massacre para o qualquer ego!

A religião pelas boas obras, porém, tende a adular o ego do pecador, estimulando-o a fazer alguma coisa boa, como se ele fosse capaz disso. “Vamos lá, esforce-se mais um pouco, torne-se um justo, você consegue!” Quando pensamos que devemos cumprir algo para sermos salvos, estamos na verdade estimando a nós mesmos além da conta; estamos dizendo que somos capazes de ser tão bons a ponto de merecer o céu – basta um pouco de esforço. Que engano! Biblicamente, todos nós somos seres que quebram as leis de Deus, e não seres que têm condições de cumpri-las. Somos seres que precisam de socorro, e não seres que têm condições de alcançar alguma coisa.

Gosto de repetir sempre um raciocínio bíblico: porquê morreria o Filho de Deus, o Ser mais honrado e mais sublime do universo? Se você pudesse fazer ou tornar-se algo para ser salvo, Ele não teria morrido – você que se esforçasse e se salvasse então. Quando você pensa que pode salvar a si mesmo através de algum esforço, você está automaticamente desbancando o que Cristo fez por você. Se você julga que teu esforço é suficiente, declara assim que não precisa dEle, não é mesmo? “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus” [1]. Mais uma vez a declaração de que somos injustos, porém agora nos é revelada uma esperança: Alguém pagou a conta por nós. Ele nos substituiu – é assim que somos salvos; não por obras nossas, mas pela obra de Cristo.

Se você não entendeu, quero deixar as coisas ainda mais claras. Você terá que decidir sempre entre você ou Cristo. Você vai confiar nos esforços de quem, nos teus esforços ou nos esforços de Cristo? Você vai depositar tua fé em quem, naquilo que você pode fazer ou naquilo que Cristo fez por você? Quando você pensa em fazer algo ou se esforçar para ser salvo, veja bem, você está confiando em você mesmo ou em Cristo? A confiança em você mesmo é completamente inútil – as obras não irão te salvar.

Considere, por um momento, que todas estas coisas são verdadeiras. Se tudo é assim mesmo, como Deus poderia carinhosamente te avisar isso? Vou te apresentar um trecho da bíblia, e quero que você o analise com cuidado: “Pois pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” [2]. Meu amigo, me diga: como Deus poderia ser mais claro do que isso? Não vem de vós! Não de obras! Que expressões claras! Através de palavras diretas e literais, Deus está retirando qualquer embaraço que possa existir em tua mente! Ele está sendo claro, o tanto quanto poderia ser!

Existem ainda muitos outros pontos importantes sobre a salvação por obras que serão esclarecidos nas próximas postagens. Por hoje, entenda apenas isto: ao confiar em você mesmo, nos teus esforços e nas obras que pode fazer, você está deixando Cristo de lado e declarando que a Sua morte foi desnecessária. Se a salvação é por obras, Cristo morreu em vão: "Não faço nula a graça de Deus; porque, se a justiça vem mediante a lei, logo Cristo morreu em vão" [3]. Desista de esforçar-se! A salvação não vem de você ou do que você pode fazer. Também não vem a maior parte com Cristo, e um pouquinho por você - não: vem exclusivamente de Cristo. Porque você continuaria a esforçar-se em vão, e não se renderia ao Único que pode salvar-te?

[1] 1 Pedro 3:18
[2] Efésios 2:8,9
[3] Gálatas 2:21

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Posted on 19:30 | By Matheus Emerich | In

Atenção! Esse texto faz parte de uma série de postagens, que irão esclarecer para você aquilo que talvez seja o engano mais difundido na humanidade: o pensamento que Deus quer que você seja uma boa pessoa, para você merecer ir para o céu. É como se a salvação dependesse daquilo que você faz de bom aqui nesta vida. Isso é mentira! É isso mesmo: Deus não espera que, inicialmente, você se esforce para ser uma boa pessoa.

Na postagem passada, vimos que, na verdade, aos olhos de Deus, nenhum homem pode se tornar uma boa pessoa. É um ser corrompido, que carrega um fardo de toneladas de pecados, e não há possibilidade de melhorar esse quadro mediante um esforço ou trabalho intensivo. Vimos que o homem, invariavelmente, não é um ser justo, e vimos isso com base bíblica suficiente. Mas, caso ainda reste dúvida ou desconfiança de tua parte, vamos continuar a nossa reflexão neste sentido.

Teimando contra o que já é certo

Certa vez, nos Estados Unidos, uma jovem foi assassinada na escola, segundo alguns, por ter “defendido a sua fé.” A história rapidamente se espalhou, e a moça foi considerada uma heroína de Deus, mártir da fé, ou algo assim. Então o cantor gospel Michael W. Smith, grande líder evangélico, a homenageou com uma canção, chamada “This Is Your Time”. Algum tempo antes de partir, a jovem havia dado uma entrevista, e o astro evangélico colocou um pequeno trecho dessa entrevista na abertura do clipe da música. Neste trecho, a adolescente dizia exatamente as seguintes palavras: “Acho que a maneira como vou chegar ao reino é sendo uma amiga leal, um bom exemplo para os não-crentes e para os cristãos também; tentando não me contradizer, me livrar de toda hipocrisia, e apenas viver por Cristo.” Estas são palavras muito belas, não é verdade? Mas o que dizer acerca da veracidade destas colocações?

Em outras palavras, a menina dizia o seguinte: “Acho que a maneira como vou chegar ao reino é me esforçando ao máximo para ser uma pessoa justa.” Tirando toda a conotação emotiva que envolve a tragédia com a moça, e mantendo um discernimento sóbrio, imparcial e bíblico, o que iremos concluir sobre a questão? Sem dúvida, se as palavras ditas por ela refletiam o que havia no seu coração, e se ela confiava mesmo nisso tudo para “chegar ao reino”, a bíblia nos dá total instrução para crermos que ela, infelizmente, não chegou lá – e nem preciso falar qual é a outra opção a não ser o céu, onde ela poderia estar agora. Mas o que houve de errado? Suas palavras pareciam tão sinceras! Não quero sentenciar nenhum julgamento, mas analisando tudo o que nós temos, podemos definir pelas palavras da própria jovem que ela cultivava uma confiança em si mesma (e no que ela poderia fazer), e não uma confiança em Cristo (e no que Ele fez por ela). Você entende essa drástica diferença? Se preciso for, releia as palavras da jovem e analise novamente a questão.

A moça queria ser justa para ir ao céu, e milhares de pessoas hoje querem seguir o mesmo caminho. Será que alguém realmente conseguiu ser justo diante de Deus para merecer ir para o céu? Ah, se os religiosos que apostam nisso apenas lessem a bíblia, o manual que Deus nos deixou para entendermos o Seu propósito! O livro sagrado é tão cheio de instruções a respeito disso, de maneira que todos que o abrem com sinceridade encontram as respostas verdadeiras! Ninguém que leu a bíblia com honestidade permaneceu enganado, pois ela foi nos dada justamente para nos retirar as nuvens escuras de cegueira espiritual. “À tua vista não há justo nenhum vivente” [1]. Esta é a resposta que achamos em várias partes da bíblia. Nem eu, nem você, nem a moça do clipe podemos ser justos diante dos olhos de Deus. Como Ele poderia ser mais claro do que isso? Até quando as pessoas, inclusive as religiosas, irão teimar em esforçar-se por boas obras, indo contra o que já está determinado? É como diz o versículo de Jó: “Seria, porventura, o mortal justo diante de Deus? Seria, acaso, o homem puro diante do seu Criador?” [2]

Espero que você esteja entendendo a questão. Eu sei que durante toda a vida a crença principal de todas as pessoas é que precisam fazer alguma coisa, ou deixar de fazer outras, para ir para o céu. Quantos confiam em sua justiça própria para serem salvos? Quantos esperam o céu por não matarem, não roubarem, não fumarem ou qualquer outra coisa que eles consideram justo? Você não percebe? Tudo isso é confiança na tua própria justiça, e não uma confiança em Deus! Quantos preferem discordar do que Deus já disse, ainda se esforçando para serem pessoas justas? “Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos e prudentes em seu próprio conceito!” [3] Ai dos que teimam em ser justos, pois Cristo diz: “Não vim chamar justos, e sim pecadores ao arrependimento” [4]. O caminho para achar favor diante da face de Deus não é se esforçando ao máximo para ser uma pessoa justa; antes, é reconhecer a própria miséria e confiar exclusivamente na justiça dEle.

O próprio Deus é quem nos advertiu sobre a impossibilidade de sermos justos, e da futilidade das nossas obras. “Eis que todos são nada; as suas obras são coisa nenhuma” [5]. O caminho das “boas obras” para ser salvo é um grande engano. A tentativa de “ser justo” para ser salvo é uma grande teimosia. Abandone as tuas obras para crer na obra de Cristo; abandone a tua justiça para crer na justiça do Grande Justo.


[1] Salmos 143:2 [2] Jó 4:17
[3] Isaías 5:21 [4] Mateus 9:13
[5] Isaías 41:29

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Posted on 15:34 | By Matheus Emerich | In

Atenção! Esse texto faz parte de uma série de postagens, que irão esclarecer para você aquilo que talvez seja o engano mais difundido na humanidade: o pensamento que Deus quer que você seja uma boa pessoa, para você merecer ir para o céu. É como se a salvação dependesse daquilo que você faz de bom aqui nesta vida. Isso é mentira! É isso mesmo: Deus não espera que, inicialmente, você se esforce para ser uma boa pessoa.

Existe uma verdade bíblica que é aterradora para qualquer um que a encontra pela primeira vez. Você também, ao lidar com ela durante estas postagens, talvez irá estranhar bastante. Não: não há nenhum erro de interpretação, nenhum versículo fora do contexto, nenhuma falha de sentido nas expressões. Os versículos significam realmente o que está no sentido mais literal, mesmo que você se espante e alegue que nunca ouviu falar disso em nenhuma religião. Bom, a nossa questão aqui é: o quanto você precisa ser bom para ir para o céu? Quantas coisas boas deve fazer? Não se espante com a resposta correta: essa hipótese de ser uma boa pessoa, ou fazer coisas boas, na verdade, nem mesmo existe!

A impossibilidade de ser bom

Ao contrário do que as religiões estimulam, pasme com este ensinamento bíblico: você nunca poderá ser uma “boa pessoa” ou fazer “coisas boas” que te levarão ao céu. Se você pudesse ser bom, você não precisaria de Cristo. Ele veio justamente porque somos maus, e não porque somos bons! Se houvesse algum recurso no homem, Cristo não precisaria pagar preço algum; bastariam os homens apresentarem a Deus os seus tais recursos. Mas Cristo veio e pagou o preço porque, definitivamente, não havia nada que o homem poderia fazer que fosse bom o suficiente para levá-lo ao céu. Caso contrário, não precisaríamos de um Salvador!

Pode ser que esta afirmação esteja te incomodando. “Como assim não posso ser uma boa pessoa? O que isso quer dizer?” Vamos recorrer a algumas passagens bíblicas para conferir este ponto.

Repare este famoso versículo de Isaías: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapos da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como um vento, nos arrebatam” [1]. Qualquer coisa que ofereçamos a Deus não irá resolver em nada a nossa questão. Nossas justiças são como trapos da imundícia. Naquele dia, não irá adiantar nada ter sido um bom filho ou um bom pai, ter ajudado os pobres ou feito doações, ter sido religioso e rezado muito – todas as nossas justiças, como uma trouxa só, são consideradas juntas uma grande massa de coisa imunda. Antes de serem geradas, já foram sujadas com os nossos pecados.

Somos como o imundo, diz o versículo anterior. Agora veja mais este: “Quem da imundícia poderá tirar coisa pura? Ninguém!” [2]. Unindo as informações que temos até aqui, concluímos que somos sujos e não se poderá tirar nada puro de nós mesmos – ninguém é capaz de realizar tal tarefa, diz o versículo. A ideia das boas obras para a salvação tropeça em cada lição que aprendemos com estes versículos. Poderemos fazer, em um único dia, mil coisas que serão plausíveis para os homens, nossos companheiros; mas para Deus, nenhuma delas, ou nem todas elas juntas, serão puras o suficiente para se obter algum favor. São obras sujas, porque vieram de fontes corrompidas!

Os versículos não param por aí. A realidade que você não pode ser uma pessoa pura, nem com a ajuda de uma religião, é uma verdade proclamada em alto e bom tom na bíblia. Não é um segredo que precisamos bisbilhotar muito para descobrir. “Não há homem justo sobre a terra que faça o bem e que não peque” [3]. “Não há homem que não peque” [4]. Tudo isto começou quando ainda éramos feto: “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu a minha mãe” [5]. Assim somos eu e você; isso é o máximo que conseguimos fazer. Naturalmente, estamos no fundo do poço, mergulhados no pecado. Nossas práticas, como se fossem uma lama, vão nos atolando para baixo; é inútil procurarmos algo essencialmente bom entre elas. Precisamos da salvação do Senhor Jesus Cristo – não de uma salvação que vem de nós mesmos, como a ideia das obras propõe. A noção de que devemos fazer algo para sermos salvos, ou que devemos nos esforçar em coisas boas para isso, trata-se de um engano muito sério.

Certa vez eu estava conversando sobre este ponto específico com uma colega. Ela não entendia isso de maneira nenhuma. Então lhe mostrei a seguinte passagem, que finalmente pôde esclarecer o assunto para ela: “Não há um justo, nem um sequer; não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nenhum sequer” [6]. Não existe um grupo especial de homens, não existe um conjunto seleto de pessoas que não se enquadram nestes versículos – todos nós estamos debaixo dessa descrição!

Com o que analisamos nesta postagem, espero que tenha ficado claro o ensinamento bíblico que nenhum homem – ''nem um sequer'' – pode ser realmente bom, nem há recursos para que façamos coisas boas. Não é que Deus não aceita as tuas obras boas, o caso é que elas nem existem mesmo! Se você espera ser uma boa pessoa para ser salvo, você já pode desistir, mediante esses versículos. Se houvesse alguém que escapasse a essa regra, este alguém não precisaria de Cristo, pois suas obras seriam suficientes para salvá-lo. Mas não há ninguém assim neste planeta. Precisamos nos render ao Senhor Jesus, precisamente por não podermos ser bons por nós mesmos.

[1] Isaías 64:6 [2] Jó 14:4
[3] Eclesiastes 7:20 [4] 1 Reis 8:46
[5] Salmo 51:5 [6] Romanos 3:10-12

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Posted on 12:06 | By Matheus Emerich | In

Atenção! Esse texto faz parte de uma série de postagens, que irão esclarecer para você aquilo que talvez seja o engano mais difundido na humanidade: o pensamento que Deus quer que você seja uma boa pessoa, para você merecer ir para o céu. É como se a salvação dependesse daquilo que você faz de bom aqui nesta vida. Isso é mentira! É isso mesmo: Deus não espera que, inicialmente, você se esforce para ser uma boa pessoa.

Já faz um bom tempo que sou cliente da mesma operadora de celular. Há uns dias atrás, uma atendente desta operadora entrou em contato comigo, oferecendo benefícios muito bons para a minha conta. Se eu aceitasse a proposta que a companhia estava me fazendo, eu poderia falar quase de graça com muitos números, e ainda ganhar muitos bônus para falar com outros, além de poder mandar mensagens gratuitamente. Então, eu perguntei para a atendente: “e quanto devo pagar por isso?” Ela me respondeu que eu não devia pagar nada e que o benefício era inteiramente grátis. Eu fui sincero com a moça, respondendo-lhe que aquilo estava muito esquisito. Ela disse meio decepcionada: “tudo bem senhor, eu entendo a sua desconfiança.” O plano era verdadeiro, aquilo ali não era nenhum trote, mas eu havia desconfiado porque era “muito bom para ser verdade.”

É claro que a operadora, de algum modo que eu não sei, estava lucrando ao me oferecer aquele benefício – nenhuma grande empresa está interessada em tomar prejuízo para beneficiar os clientes. Logo depois desta ocasião, eu me lembrei de como são as coisas de Deus. Ele diz: “Olha, pecador, apenas abandone o teu pecado e se entregue a mim de todo o teu coração, crendo no meu Filho. Ao fazer isso, purificarei você do teu mal, e terás paz nesta vida, e ainda morará comigo depois da tua morte.” O pecador, desconfiado, apenas pensa: "Ah, é muito bom para ser verdade." A diferença para o caso da operadora de celular é que Deus não é um espertalhão querendo lucrar alguma coisa. Ele oferta a salvação de graça, mas o pecador pensa que não pode ser assim, que isso é impossível; pensa que ele ainda precisa fazer algo para Deus, que ele ainda precisa pagar alguma coisa.

Identificando o problema

Este pensamento está profundamente arraigado em todas as religiões. Seja qual delas você procurar, irá encontrar um sistema de regras que você deverá cumprir. Você vai ter que fazer algumas coisas, e deixar de fazer outras. Assim, se você for bem sucedido nessa tua missão, então você irá para o céu, segundo a tal religião. “Parabéns, você conseguiu! Fez tudo certinho e agora merece o céu.” É um esquema que coloca a salvação como sendo dependente do que você faz ou deixa de fazer. Este pensamento não é comum? Acaso, não é também o teu pensamento?

Os católicos assumidamente pensam assim. Ensinam que, para ir ao céu, primeiramente, você deverá cumprir muitos sacramentos. Precisará ser batizado, e mais uma ou outra prática; e depois ainda terá que, no resto da vida, se esforçar para ser uma boa pessoa – ou pelo menos se esforçar para não ter uma índole má e prejudicar os outros. Tarefa cumprida, céu garantido. E, ainda se pecarem, os católicos julgam necessário passar um processo que envolve ainda mais esforços, sejam penitências ou rezas, para crerem que estão purificados.

Mas esse pensamento de salvação através de esforço não é somente católico. Com o tempo, fui percebendo que quase todas as vertentes do segmento evangélico pensam dessa forma. Certa vez, comecei a conversar com uma colega, que era evangélica e estudava comigo, sobre esse assunto. Perguntei-lhe o que ela julgava necessário fazer para ir para o céu. Ela respondeu mais ou menos nos seguintes termos: “Acho que você precisa ser uma boa pessoa. Você não pode ser mau caráter, tem que fazer o bem o tanto quanto puder! Tem que fazer boas ações e tentar ser uma pessoa justa e de bom coração.” Aquela resposta foi para mim um grande choque. Mas, quanto mais o tempo passava, mais eu percebia que aquela colega não estava isolada com essa ideia. Ela recebia, para o meu espanto, o suporte de quase toda a massa evangélica.

Pouco tempo depois, uma prima minha, também evangélica, veio conversar comigo porque estava muito insegura a respeito da sua salvação. Ela não tinha certeza de mais nada, e estava à beira do desespero. Como com as outras pessoas, fiz a mesma pergunta para ela. A sua resposta foi bastante equivalente às anteriores: “Eu preciso ser boa, justa e seguir os mandamentos da bíblia. É, eu preciso ser uma pessoa de bom coração e seguir as orientações da igreja. Acho que assim irei para o céu!”

Não é raro quando encontramos os frutos deste engano no dia a dia. Às vezes, depois de fazer alguma boa ação, vemos alguém dizer brincando algo do tipo: “é, preciso garantir meu lugarzinho no céu.” É uma ideia tão comum, tão difundida, que as pessoas ficam mesmo surpresas quando questionamos isso. Pode ser comum de qualquer jeito, mas não é a mensagem da bíblia. Talvez você esteja pensando: “Peraí, eu estou entendendo direito mesmo? Você está querendo dizer que é errada a ideia de fazer coisas boas para ir para o céu? Eu sempre pensei assim! Não é assim que funciona?” Não, não é assim que funciona; e quem diz isto não sou eu: é a própria bíblia.

Quanto devo pagar? E se eu te dissesse que a resposta é “nada”, ou seja, que a salvação não envolve nenhum esforço de tua parte? E não apenas isso, mas que, enquanto houver esforço teu, você está impedindo a si mesmo de ser salvo? Esta é a surpreendente mensagem da bíblia. Nas próximas postagens, analisaremos isso com a base bíblica devida. "Ao Senhor pertence a salvação!" (Jonas 2:9)

A verdade sobre a Verdade

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Posted on 13:11 | By Matheus Emerich | In

“Que é a verdade?” Essa pergunta, feita por Pilatos no evangelho de João, é a questão de todo ser humano. Em quê acreditar? O mundo está cheio de sugestões sobre “onde depositar a confiança”; mas parece que toda a sopa de hipóteses acabou por confundir ainda mais os homens. Os avanços da ciência e filosofia só trouxeram mais dúvidas no lugar de respostas, de modo que agora Deus parece cada vez mais distante de todos nós. Especialmente na sociedade atual, parece que cada um vai ter que decidir, por si mesmo, no que vai acreditar. O volume de especulações é tão grande que, por último, os sábios já estão dizendo: “olha, não existe verdade, tudo é relativo; acredite no que quiser, ou fique à vontade para não acreditar em nada também – no final das contas não irá fazer diferença nenhuma.” Será que isso é assim mesmo? A bíblia pode nos ajudar neste assunto? Se olharmos para as suas páginas, veremos que existe uma ligação fortíssima entre a ''verdade'' e o próprio Senhor Jesus Cristo.

A verdade veio através de Cristo. “Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo” [1]. Ele trouxe tudo o que precisávamos para dissipar as nossas dúvidas.

Ele próprio estava cheio da verdade. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade” [2]. A verdade mais pura transbordava em cada movimento Seu. Ele irradiava a verdade cristalina, digna de toda confiança.

Ele era a própria verdade. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” [3]. Ele não somente dizia coisas verdadeiras, mas Ele próprio era constituído de límpida verdade. Ele era a Verdade encarnada. Literalmente, a Verdade andou entre nós na forma de um ser humano.

Ele veio à Terra precisamente para nos dizer a verdade. “Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade” [4]. Podemos descansar no fato de que Ele cumpriu essa bondosa missão. A expressão “em verdade vos digo” foi registrada nos quatro evangelhos nada menos do que 76 vezes, como pronunciadas pelos lábios de Cristo.

Ele guia todos os que crêem nEle, direcionando-os a se alimentarem da verdade cada vez mais. “O Espírito da verdade vos guiará a toda verdade” [5]. Todo ser humano, embora seja pecador, quando crê em Cristo, pode repousar tranquilo, seguro que está pisando em um terreno regado pela verdade. Quem fez todas essas promessas, e quem disse tudo isso foi “o Deus que não pode mentir” [6]. É o Deus que registrou em Sua palavra: “Deus não é homem, para que minta” [7]. Que bela notícia! Você não percebe? Deus se importa com você, e quer que você acredite em Sua palavra, revelada pelo Seu Filho!

Satanás é chamado na bíblia de “Pai da Mentira”, e vivemos num mundo arquitetado por ele. Tudo aqui transpira mentira a cada fração de segundo. A única fonte de verdade é, realmente, o Senhor Jesus Cristo. Ele disse tantas vezes, alertou de tantas maneiras, que tudo o que Ele dizia era a verdade! Será que você pode confiar nEle? Todo aquele “papo” de céu e inferno, pecado e pureza, salvação e condenação, crença e incredulidade – sim, era tudo verdade! Ah pecador, creia neste Cristo e seja purificado de teus pecados, descobrindo você mesmo que Ele é verdadeiro. “Quem, todavia, lhe aceita o testemunho, por sua vez, certifica que Deus é verdadeiro” [8].

[1] João 1:17 [2] João 1:14
[3] João 14:6 [4] João 18:37
[5] João 16:13 [6] Tito 1:2
[7] Números 23:19 [8] João 3:33

Porquê estamos aqui?

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Posted on 15:15 | By Matheus Emerich | In

Ah, a velha pergunta de sempre! Porque você veio a existência e está na frente desta tela agora? Não é só em relação a você, mas é sobre tudo e todos: porquê este mundo existe? É um velho questionamento filosófico, mas se você retirar toda a pompa acadêmica em torno dele, bem como todas as especulações, você irá descobrir que não é uma questão que nasceu nos bancos das universidades antigas ou nas pesquisas de laboratórios científicos. Não: é uma questão que nasceu dentro do teu próprio coração; você se interessa muito pela resposta. A ideia de que não podemos encontrá-la é desolador para alguns; para outros, é um estímulo para uma busca desenfreada pelo melhor do presente – busca que se torna vazia depois de um tempo. Mas, e se existir mesmo uma resposta fixa e verdadeira? Hoje, é prestigiado o pensamento de que “não existe verdade absoluta”. Mas, sim, e se existir uma resposta, uma verdade por trás de todos os batimentos do teu coração? Você já ouviu respostas de todo tipo para isso – a ciência prega o acaso, a religião prega o propósito, os sábios não se decidem, e você se sente pequeno demais para concluir alguma coisa. Esqueça tudo isto por um instante; deixe-me apresentar a resposta bíblica para você.

Antes de mais nada, é bom que você saiba que o que está na moda hoje é a filosofia existencialista. Se você não sabe o que é o existencialismo, podemos dizer que é o pensamento que irá te dizer: “Não existe essência lá fora para que você se conforme. Não: todo o sentido de tudo é definido por você – não há padrão nenhum para que você pegue a sua vida e a adapte. Não há significado fora de você, nem realidade objetiva, nada que defina sua existência. Você está aqui por puro capricho de casualidade do universo. Você é apenas química – nada mais que isso! Você é totalmente, terrivelmente livre! Isso é assim porque você é só parte de uma infinita espiral de forças evolucionárias de matéria, energia e tempo, se tornando o que isso quiser tornar.” Em outras palavras, seja o quiser. Se você está aqui por acaso, o certo e o errado é uma questão de opinião. Não existe, então, moral e imoral, bem ou mal, nem nada disso – afinal, tudo não passa de matéria. Se não existe Deus nem razão para nada, você só precisa aproveitar tudo e fazer o que der na cabeça. Pode ser um pensamento confortável inicialmente, mas é muito, muito perigoso. Olhando de certo ângulo, toda a bíblia foi escrita para que você não ignorasse a razão da tua existência.

Vejamos então o que nos diz o Livro Sagrado. “Pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi feito por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste” [1]. Este é um texto que fala sobre o Senhor Jesus Cristo. Talvez você se surpreenda ao ver que, segundo a bíblia, Ele é mais que meramente um homem tranquilo e bonzinho, que andou aqui. Agora, uma informação mais impressionante ainda: “Tudo foi feito para Ele.” Que estranho! “Quer dizer que eu estou aqui por causa de... Jesus Cristo?” Sim, exatamente isso. Não é que Ele te colocou aqui para que você seguisse os mandamentos dEle – não é tão básico assim, o propósito não é neste sentido. Continue lendo para entender.

Cristo é “aquele por cuja causa e por quem todas as coisas existem” [2]. Eu e você estamos incluídos na expressão “todas as coisas.” Estamos aqui por causa de Deus, por causa de Jesus Cristo. Ele é o Legislador de tudo e não há nada que não esteja abaixo de Sua autoridade. Ele tem permitido que você viva até aqui como você bem escolheu. Ele permite que as pessoas vivam excluindo-O de seus pensamentos, mas não significa que todas as pessoas não estejam na palma de Sua mão. Ele é quem já decidiu quando será o último instante de tua vida, ou qual será o número dos teus dias; Ele é quem sabe o que existe em cada sala secreta do teu coração. Desta maneira, querendo ou não, em certo sentido, Ele já está no controle do teu viver. Acontece que, enquanto você não crê, este é um controle meramente dado por autoridade e hierarquia, e não por submissão e harmonia, como Ele mesmo quer. Os planetas giram como Ele quer, os sistemas e as galáxias funcionam à Sua maneira, as ondas do mar obedecem à Sua voz; mas o homem, a única criatura que Deus conferiu liberdade para agir, prefere seguir tudo à sua própria maneira. O que acontece com a maioria das pessoas é que elas resistem ao domínio de Cristo: optam por não se submeter a Ele. Abraçam as suas vidas e as escondem para que Ele não as governe – como está enganado o homem sem Deus! Aquele que não crê pensa que a vida com Cristo é puro desgosto. Em vários trechos da bíblia, podemos ver claramente que “não crer” é o equivalente de “não se submeter”, ou ainda a mesma coisa de “viver em rebeldia.” Por exemplo: “Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” [3].

Você está aqui, talvez seja tudo o que você tem certeza. Agora, você já sabe que, segundo a bíblia, você foi criado para honrar o nome de Deus com a tua existência - e seria assim se o teu pecado não arruinasse tudo. Meu querido amigo, há uma coisa que não te digo por fanatismo ou para conquistar algo para mim mesmo. É por puro interesse pelo teu benefício que te digo: arrepende-te e creia em Cristo. Não resista mais ao controle dEle. Não continue, todas as manhãs, a atendê-Lo na porta e dizendo “não há espaço aqui para você.” Isto é serio: dê um basta na tua vida de rebeldia contra o Filho de Deus! Você foi criado, átomo por átomo, para engrandecer o nome de Jesus Cristo com tua vida – um propósito muito maior do que qualquer outro. Para que você cumpra em paz a razão da tua existência, em relação a Deus, você precisa passar de rebelde para a condição de servo, de desobediente para a condição de filho. Rende-te ao domínio dEle, dobre os teus joelhos em submissão, oferte a tua alma para sempre. Não comove o teu coração pensar que o Legislador do universo deu a vida para conquistar o teu amor?

[1] Colossenses 1:16,17
[2] Hebreus 2:10
[3] João 3:36

Quando Deus se alegra

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Posted on 11:50 | By Matheus Emerich | In

Duas coisas eram muito comuns quando o Senhor Jesus pregava às multidões. Primeiro: não raro, o Seu público continha pecadores do mais elevado grau - estamos falando de prostitutas, malfeitores ou publicanos. Segundo: frequentemente, Ele enfrentava a oposição ferrenha dos religiosos da época. Estes religiosos buscavam cumprir todos os detalhes da Lei de Moisés, mas mesmo assim Cristo não os aprovava, pois sua religião era somente uma falsa máscara de aparência externa. Estes religiosos, chamados na bíblia de ''escribas'' ou ''fariseus'', odiavam o Senhor Jesus e procuravam matá-Lo, pois Este denunciava abertamente o sistema hipócrita daquela religião.

Estes homens procuravam praticar coisas boas para se auto-promoverem, alimentarem o orgulho e adularem o seu ego. “Companheiros, vejam como sou uma pessoa boa. Deus, veja como mereço ir para o céu.” Este é o esquema básico de quase todas as religiões, nas quais a ideia central, desmentida pela bíblia, é que você precisa fazer coisas boas para ser uma pessoa melhor e mais justa. Este era o pensamento daqueles religiosos; este é o pensamento da maioria das pessoas, ainda hoje; este é o pensamento que não vem de Deus. Aqueles escribas pensavam que Deus estava aprovando tudo o que faziam; mas quando o Filho de Deus veio ao mundo, procurou direto os mais baixos pecadores. Então, os religiosos O desacreditaram. “Se Ele fosse mesmo o Filho de Deus, deveria vir até nós, e não procurar estas pessoas más!” Assim, o evangelista Lucas registra uma cena, na qual Cristo acolhia os pecadores mais explícitos, enquanto os religiosos desdenhavam e reclamavam. “Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E murmuravam os fariseus e os escribas, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles” [1].

O ensinamento da bíblia é que todos nós somos pecadores, invariavelmente e sem diferença alguma [2]. Aqueles religiosos, porém, estavam falando como se eles mesmos não o fossem! Murmuravam porque o Senhor Jesus “comia com pecadores”, se referindo às outras pessoas, como se eles também não tivessem seus próprios pecados e maldades! Ao falar de ''pecadores'', eles consideravam um conjunto de pessoas no qual eles não estavam incluídos. Que engano! Todos somos pecadores, embora aqueles homens se olhassem no espelho e não se vissem assim.

Aqueles religiosos tiveram, porém, uma resposta bem adequada do Senhor Jesus. Em mansidão e autoridade, Cristo lhes respondeu: “Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam de arrependimento” [3]. Para obter a salvação de Deus, é preciso reconhecer que você precisa dela! Enquanto você se acha justo, é como se estivesse pensando que não precisa de salvação – afinal, a salvação é para pecadores, e não para justos; é para perdidos, e não achados. As prostitutas e os homicidas que iam aos pés do Senhor para buscarem socorro não tinham dificuldades em reconhecer que eram pecadores, pois deviam ouvir isso todos os dias. Mas, e quanto a você, que não mata, não rouba, não tem vícios e talvez não comete outros erros grosseiros? Será que você reconhece que é pecador e precisa da salvação de Deus, ou ainda mantém uma elevada opinião sobre si mesmo?

Foi o próprio Deus quem disse que você precisa se arrepender, pois você também peca – e no fundo, você sabe disso muito bem. Você conhece teus pensamentos maliciosos, sabe que abriga na mente coisas ruins que gostaria que ninguém soubesse – são pecados guardados lá no fundo do coração. Quando, porém, você resolve dizer “apesar de tudo, sou uma pessoa boa”, é o equivalente a dizer “não preciso me arrepender”. Pelo último versículo que citamos, repare que Deus se alegra muito mais ao ver alguém reconhecendo e confessando sua maldade, do que ver noventa e nove pessoas como você, que não fazem nada de escandaloso, mas que preferem ocultar os pecados próprios atrás de um ego bem alimentado. Quando alguém se rende, reconhecendo seu estado verdadeiro, Deus se alegra muito e há “festa” no céu. Para clamar por socorro, é preciso reconhecer que se está em perigo; para chamar pelo auxílio exclusivo de Deus, é preciso atestar que tuas forças se acabaram e que teus recursos próprios já não existem.

Sempre será assim, da maneira vimos naquela cena: quem pensa que está muito bem nunca procura o socorro de Deus; quem pensa que é justo nunca reconhece a necessidade de salvação. Por outro lado, quem reconhece que é pecador, quem conclui em verdade que está perdido e procura a solução para sua alma, acaba sendo acolhido pelos braços de Deus, conhecendo o Seu amor e sendo consolado por Ele mesmo. Acaba, no fim, encontrando o auxílio de um Cristo Bondoso que “recebe pecadores e come com eles.”

[1] Lucas 15:1,2
[2] Romanos 3: 9-26, por exemplo.
[3] Lucas 15:7