"Porque temos de morrer e somos como águas derramadas na terra, que já não se podem juntar." (2 Sm 14:14)

Quanto devo pagar? (7)

Posted on 14:37 | By Matheus Emerich | In

Atenção! Esse texto faz parte de uma série de postagens, que irão esclarecer para você aquilo que talvez seja o engano mais difundido na humanidade: o pensamento que Deus quer que você seja uma boa pessoa, para você merecer ir para o céu. É como se a salvação dependesse daquilo que você faz de bom aqui nesta vida. Isso é mentira! É isso mesmo: Deus não espera que, inicialmente, você se esforce para ser uma boa pessoa.

Quero ser bastante objetivo e simples nesta postagem. Quero apresentar para você um trecho e um exemplo bem conclusivos sobre o assunto que estamos tratando. Espero que tuas dúvidas estejam ficando cada mais raras! Espero que teu entendimento esteja sendo graciosamente esclarecido!

Um trecho bem conclusivo
 
Vamos olhar rapidamente para algumas poucas palavras em Romanos. Na primeira lida, talvez você ache muito complicado e não entenda nada, mas certamente você irá entendê-las após uma breve explicação. Vale a pena recorrer a elas, pois nos ajudarão bastante no tema destas últimas postagens. Aqui está o trecho: “Israel, que buscava atingir a lei da justiça, não chegou a atingir esta lei. Porquê? Porque não decorreu da fé, e sim como que das obras. Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus” [1].

Em outras palavras, o trecho diz que a maioria das pessoas em Israel, no passado, não se salvaram justamente por depositarem a confiança em suas próprias obras. Isso não é fé em Deus. Isso é fé em si mesmo e nas obras que você pode fazer. Quando você se inquieta quanto à salvação, e sente que precisa fazer algo, ou que precisa ainda pagar alguma coisa, você não está crendo em Jesus Cristo, pois está julgando que Ele não foi capaz de te salvar na cruz. “Preciso fazer algo; só aquilo não foi suficiente.”
 
O trecho continua de forma brilhante: diz que Israel, assim procurando a salvação por suas próprias obras, “procurou estabelecer a sua própria justiça”, e não se sujeitou à justiça que vinha de Deus. Não é exatamente isso o que acontece quando você tenta fazer algo de “bom” para ganhar a salvação? Não é o mesmo processo quando você calcula que precisa se esforçar para se tornar uma pessoa boa e justa? Sim, isto é “procurar estabelecer a sua própria justiça.” Isso impede que você conheça a justiça de Deus. A tua própria justiça é feita através de tuas obras; a justiça de Deus é feita através da obra de Cristo. Quando você confia em si para ser salvo, desconfia em todo o trabalho dEle.
 
Um exemplo bem conclusivo
 
Existe um exemplo clássico quando queremos esclarecer este assunto para alguém. Talvez você já tenha ouvido a história daqueles dois ladrões que foram crucificados ao lado de Cristo. Eles estavam ali porque foram pessoas realmente muito más, e também tinham sido condenadas à morte. Mas, nos últimos momentos de sua vida, um daqueles ladrões creu em Cristo, que estava ali bem do seu lado. “Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. E Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje mesmo estarás comigo no paraíso” [2].
 
Se a salvação fosse por obras, aquele homem estaria perdido sem nenhuma chance (e eu e você também). Os seus atos haviam perturbado a sociedade, entristecido várias pessoas e prejudicado muitas outras – afinal, ele era um verdadeiro criminoso. Não havia feito absolutamente nada para merecer o céu – se Deus tivesse medido seus atos bons e os ruins, ele não “estaria no paraíso”. Mas o final dele foi diferente: ele creu arrependido e confiou em Cristo para sua salvação, as únicas coisas que realmente podemos ofertar a Deus. Deus o salvou. Hoje ele está no céu. Um ladrão criminoso no céu! Há algo errado nisso? Não: Deus não nos salva de acordo com as nossas práticas, mas apenas por crermos no Seu Filho. Como um colega surpreendido uma vez me perguntou: “então quer dizer que um estuprador que finalmente crê arrependido vale mais do que alguém que nunca cometeu crimes, mas também que nunca creu?” Sim; e o exemplo do ladrão na cruz não nos deixa dúvidas. Que preciosa é a fé em Cristo!
 
[1] Romanos 9:31,31 e 10:3
[2] Lucas 23:42,43

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