"Porque temos de morrer e somos como águas derramadas na terra, que já não se podem juntar." (2 Sm 14:14)

Esperança de verdade

Posted on 00:19 | By Matheus Emerich | In

Ao pararmos para refletir naquilo que se conhece como “vida”, iremos nos surpreender com um curioso e verdadeiro aspecto. As pessoas possuem sonhos, objetivos e ansiedades – mas não possuem uma esperança verdadeira. Esta é uma diferença que precisa ser notada!

É preciso que se entenda a real diferença entre ''objetivo'' e ''esperança''. No geral, as pessoas estão correndo atrás de construir grandes coisas por aqui e realizar as suas metas pessoais. Cada coração se inquieta por suas próprias ansiedades – nós podemos chamar isto de objetivo; mas, sem dúvida nenhuma, isto não consiste necessariamente numa esperança. A maior prova disso está na fragilidade que envolve estes corações. É preciso mexer em muito pouco das suas estruturas para se observar uma verdadeira demonstração de tristeza. Com muito pouco, já consegue se expor o interior do coração do homem, e então se vê com clareza que este baseia sua confiança em um terreno absolutamente frágil. Na maioria do tempo, as pessoas estão torcendo para que nada de seus planos dêem errado, pois sabem que a coisa mais dura na vida é sofrer uma severa adversidade – justamente porque não há esperança em canto nenhum em todo o seu coração sombrio. Não há algo no íntimo que tenha paz independente das questões exteriores; antes, todo o bem-estar interior acompanha justamente as circunstâncias externas.

Sendo assim, poderia haver terreno mais inconstante do que o coração do homem? A felicidade deste, na maioria das vezes, depende justamente de circunstâncias que não estão sob o seu controle! Isso dá à vida o caráter amargoso de uma “aposta” ou “aventura”, na qual nunca é possível prever o que se estará sentindo amanhã. Não podemos dizer com honestidade, de maneira nenhuma, que o homem naturalmente conhece a paz verdadeira de apoiar-se numa esperança que, sem dúvida alguma, não lhe falhará nem lhe trará decepções.

Isso é assim até que se conheça a esperança que vem das mãos do Senhor Jesus Cristo. “Bendito o Deus Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança” (1 Pedro 1:3). É um sentimento absolutamente confiável, pois conhece toda a estabilidade possível, sendo inabalável o tanto quanto poderia ser – isto porque não depende de circunstâncias que podem falhar, mas depende unicamente da graça e do favor do Senhor Jesus: realidades que não se dissipam de maneira nenhuma. É realmente a esperança mais sólida que se poderia pensar.

Há ainda outro aspecto muito interessante: como diz no versículo, é uma viva esperança. Não uma esperança que pode morrer asfixiada com outras decepções; não uma esperança que pode ser queimada por outras amarguras; mas sim uma esperança que se mantém viva e ardente em todos os momentos, em meio a todas as adversidades, atravessando seja o que for. É uma esperança que pode ser sentida trazendo a luz calma da paz de Deus. Uma viva esperança.

Feliz é o homem que achar esta esperança! Ela não está disponível nas ruas ou nos meios de comunicação deste mundo. Ela está escondida nos braços de Cristo – é só lá, e em mais nenhum lugar, onde se poderá encontrá-la. Não há tesouro mais precioso nesta vida do que descansar na esperança viva que dá o Senhor Jesus Cristo.

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